No inicio deste mês estivemos presentes num evento já à algum tempo esperado pelos amigos da Volta e para o qual nos andávamos a preparar desde à uns fins de semana.
A proposta feita pelo clube 2CV “Os Marafados” do Algarve era interessante e deixou-nos com muitas expectativas. Atravessar o Algarve de uma ponta à outra (Sagres – Alcoutim) pelo interior maioritariamente por caminhos de terra batida.
Com tudo pronto finalmente chegou o dia da partida. Sexta ao fim da tarde após mais um dia de trabalho. Pelas 20 horas saímos de Leiria, não sem antes termos feito uma paragem para reforçar as nossas reservas de bolachas e mines.
Postos a caminho, e passada a primeira meia hora de viagem deparamo-nos com a estrada cortada por obras a obrigarem-nos a um desvio, muito bem sinalizado como é habito, e pouco depois não sabíamos qual o caminho a seguir. Resolvemos recorrer às novas tecnologias de pontos globais e pouco depois estávamos já a fazer TT na zona de Manique do Intendente (talvez por o nosso GPS ter sido ganho como premio numa foto-orientação de jipes, indicava-nos sempre o melhor caminho por pisos de terra :o), finalmente fomos ter a Aveiras e daí sempre tudo normalmente até Grândola onde fizemos uma paragem técnica para reabastecer os depósitos (gasolina, bifanas e mines). Já reabastecidos fizemos a ultima parte da viagem, ligeirinhos, e mesmo com nevoeiro ainda ganhámos 10 min ao melhor tempo dado pelo GPS, e novamente mais um pouco de TT à chegada do parque de campismo de Sagres, que foi pelas 3 horas de sábado.
O sábado iniciou cedo com as inscrições ao evento e lá fomos para o ponto de partida na fortaleza de Sagres.
Antes disso ainda demos uma volta pela terra, mas mais uma vez não conseguimos encontrar a fábrica da cerveja.
A primeira parte foi feita no sentido norte onde pudemos desfrutar da beleza da Costa Vicentina até à zona de Aljezur.
Local onde tomámos o rumo ao interior através da Serra de Monchique, sempre por caminhos espectaculares, mesmo em locais mais trialeiros onde fomos ter, fruto de alguns erros do “Road-Book”, dos quais não nos queixamos pois permitiu passar por situações em que se reforçaram laços de amizade e camaradagem entre o pequeno grupo com que nos propusemos a fazer o passeio juntos.
Ainda fomos ter ao quintal de um coleccionador de FIAT Uno no meio da Serra, e finalmente chegou o almoço em Monchique.
A parte da tarde começou com uma pequena parte em asfalto que nos levou a um local com uma muito bonita panorâmica do litoral Algarvio sobre Portimão,
e de seguida voltámos aos pisos de terra desta vez em pisos mais rolantes, e em que tivemos o bónus de umas poças de lama para nos divertirmos um pouco. A meio do percurso tivemos um ponto de paragem em que nos foi oferecida uma bebida local dita afrodisíaca e uns bolinhos de erva (não, não eram para fumar eram mesmo para comer).
Continuámos viagem por uma zona que brevemente vai estar inundada devido à construção de uma barragem, local onde o João simulou uma avaria nos cabos de velas para nos fazer parar e beber-mos umas mines (os nossos agradecimentos ao João).
Chegados a Loulé, regressamos ao asfalto (arghh, como me custa escrever esta palavra), mas como ainda não nos apetecia, resolvemos aproveitar outra falha do road-book para fazermos mais um pouco de TT num morro da Vila onde o carro resolveu ir abaixo e não pegar durante uns minutos (devia ser birra por irmos para o asfalto), reagrupámos com o resto do grupo e ainda tivemos um susto quando o 2CV começou com uma vibração muito grande numa transmissão, tal como já me tinha acontecido num eco-raide em Coimbra em 2005, o qual foi resolvido provisoriamente, com um banho de WD40 ao cardan, dado pelo mesmo buraco do fole tal como em 2005.
Finalmente chegamos a Barranco do Velho, após 204 km’s de percurso, onde montámos barraca, jantámos e ficámos em animada tertúlia até novamente as 3 horas, (deve ter sido efeito de mais bolo de ervas comido ao jantar).